Anjo da Morte


Ainda assim te amo,
Negro e ingrato olhar
Sobre o meu corpo antes vivo,
De auroras efervescentes
E ígneos entardeceres,
De negritude agora possuído,
Sombreado de mistérios.

Mas não posso queixar-me
Dessa paixão obscura
Obsedando a minha alma,
Visto que outrora foi luz
Na minha vã juventude,
Iludida de encantos
E fogos de artifício.

Sinto-me assim agora,
Seduzida pelo silêncio,
Mergulhada na cegueira
Desse olhar que não vejo,
Cúmplice do desejo sombrio
De amar sem revelar-se
Enquanto vou deixando de existir
.

©, 2008, Lua em refração, Nancy Lix.

2 comentários:

maximio disse...

oi, nancy! naum eh a 1ma vez q passo por aki, mas hj resolvi deixar um alo do meu orkut nv.
usei sua poesia p meu perfil!

Isabel Furini disse...

Gostei de Refração da Lua, é o espírito lírico que une amor e natureza.
Isabel

 
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