Caminho nas ruas dessa cidade
sobre o aterro de raças coloridas,
mas não encontro o meu chão,
do sangue lavrado na neve,
do coro das masculinas vozes,
do triste choro da balalaica,
da fogueira do furor cossaco
consagrado nas danças czardas,
na fala da mesma linguagem,
Slávia, Slávia, Slávia.
Sinto-me assim,
nômade arqueira das estepes,
uma fora da lei,
com um cromossoma exilado,
Skolotoi silencioso,
preso como tridente na minha alma,
da terra de minha avó que não conheci.
©, 2009, Nancy Lix. Lua em Refração. pg.176
5 comentários:
Estas duas últimas fazem parte das minhas mais queridas. Deixei o comentário no Portal!
Rica simbologia a deste poema!
Li-a em Lua em Refração, seu livro, realmente cada poema seu é um universo simbólico, dá para refletir muito.
Abraço,
Celso A Ferutti
por que tu é inteligente ?
Nat: sendo minha filha gostaria que preferisses algo como Amanheceres...
Celso: obrigada pelo entendimento e apreço.
Roger: ... porque não restou mais nada..
Nat: sendo minha filha gostaria que preferisses algo como Amanheceres...
Celso: obrigada pelo entendimento e apreço.
Roger: ... porque não restou mais nada..
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