Arde o meu coração,
de um fogo estrangeiro,
desconhecido,
mas não é alienígena,
conheço-o desde sempre,
disfarçado de monge,
do dia em que nasci.
Sondei as estrelas
tracei uma geosinastria,
sinistro foi o risco,
chegar ao outro lado do globo,
na direção do que não vejo,
maldita gravidade,
prendendo-me aqui.
Se eu pudesse voar,
com as minhas asas de fogo,
tu me verias atravessar os céus
do gelado deserto escuro,
talvez me reconhecesses,
uma estrela flamejante lançada do oeste,
um meteoro vindo em direção a ti,
ou uma bruxa atravessando a lua,
assombrando o teu anoitecer
num rastro de chamas,
sobre os mosteiros da Sibéria.
©2009. Nancy Lix. Lua em Refração, pg.70
4 comentários:
parabéns, astronauta Nancy.
o espaço vazio devia sempre ser preenchido por poesia.
só isso daria senso ao sentido das coisas.
Senti um arrepio no DNA.
Quando vai sair a habilitação de designer gráfica honorária? rs
feliz dia das pessoas mulheres mães.
:/
Oi, Roger!Meu lado cor-de-rosa agradece.
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