Minha alma é só
quão só o uivo da loba
ecoando nos espaços,
mas não dói,
embora rasgue o meu peito,
este sentimento se une ao vento
num apelo selvagem
de natureza liberta.
Minha alma é una,
tal qual a fera no penhasco
contraindo o seu ventre,
e se contenta,
embora na noite sozinha,
em ver refletido na lua
o eterno êxtase
do companheiro que a possui
dentro de si mesma.
(©, 2008, Nancy Lix, Metamorfose de Lilith)
Nenhum comentário:
Postar um comentário