Não estavam lá as lágrimas das meninas
Brincavam com as suas saias de margaridas
Foram derramadas pelos olhos das mulheres
Nas cantigas de roda dos corpetes justos
E das mãos suadas sobre o seu desgosto
Desde o princípio foram corpos apenas
As suas vidas eternos verões gelados
Sob as árvores fizeram-nas serpentes
Estas meninas e mulheres sem nome
Que ainda dormem no coração do sonho
Brincavam com as suas saias de margaridas
Foram derramadas pelos olhos das mulheres
Nas cantigas de roda dos corpetes justos
E das mãos suadas sobre o seu desgosto
Desde o princípio foram corpos apenas
As suas vidas eternos verões gelados
Sob as árvores fizeram-nas serpentes
Estas meninas e mulheres sem nome
Que ainda dormem no coração do sonho
©, 2009, Nancy Lix. Lua em Refração.
4 comentários:
legal, Nancy.
eu gosto de frases como essa:
"dormem no coração do sonho".
elas desgarram-se do autor, e ultrapassam o leitor, e adonam-se solitárias e independentes, do seu sentido, restando à nós mortais escolher um dos multiplos sentidos dela que se coadunem com nossos desejos domados e com nossa capacidade de interpretação.
outra coisa.
eu acho que só as lágrimas dão sentido á vida.
só.
A infância perdida, perdendo-se. imagem pungente, dorida. somente a poesia para descrevê-la com toda sua intensidade. Parabéns.
Fiquei muito emocionada, tantos e tão bonitos poemas!! Que talento. Admiro muito. :) Muitos parabéns
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