dos meus calcanhares,
deslizar os meus pés descalços
sobre a úmida grama,
circunvolver o meu corpo
de forma graciosa,
voluptuosa,
aconchegante,
pois que sou uma mulher real,
não uma andróide de revista,
com seios de borracha,
uma criatura esquisita,
de olhar e caminhar de zumbi,
ou uma boneca digitalizada,
esticada,
projetada
da transexualidade do homem.
Qual arte maior que a feminina,
das tatuagens do tempo
no ventre gerando vidas,
nas mamas intumescidas de leite,
no esforço dilatado,
rasgado,
refletindo o original mistério,
instintivo,
criativo,
da natureza viva em cada mulher.
© 2009 Nancy Lix, Lua em Refração.
2 comentários:
eu acho que o que é real vem antes do pensamento.
Chegou a pensar nisso?
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